Jogo entre FC Porto e Boavista |
Toni Martínez deixou os azuis e brancos em vantagem aos 23 minutos, mas os axadrezados não tardaram em reagir, chegando ao empate ainda dentro da primeira meia hora de jogo.
O FC Porto esteve sempre mais perto de saltar para a frente do marcador no segundo tempo, mas não conseguiu os tão desejados três pontos, num dérbi recheado de cartões vermelhos nos últimos minutos, tanto dentro das quatro linhas, como fora.
O arranque de 2024 fica, inevitavelmente, marcado pelo Campeonato Africano das Nações (CAN) e Taça Asiática, algo com implicação direta em grande parte das equipas da I Liga, sendo que Boavista e FC Porto não foram exceção. Ricardo Paiva promoveu quatro alterações e Sérgio Conceição fez três mudanças, duas das quais 'forçadas', devido à ausência de Mehdi Taremi (Irão) e do castigo de Alan Varela, num jogo marcado pelo regresso do capitão Pepe após a expulsão no Clássico.
Passes falhados, muitos 'choques' nos duelos e pouco futebol são, provavelmente, a melhor descrição para os primeiros 20 minutos, naquele que foi o primeiro jogo dos dois rivais em 2024. A verdade é que tudo mudaria com o lance desbloqueador do encontro.
Aos 23 minutos, num lance confuso no interior da pequena área, Evanilson não conseguiu finalizar como pretendia e acabou por rubricar uma assistência para o golo de Toni Martínez, perante a tentativa de vários defesas dos axadrezados em afastar o perigo... mas sem sucesso.
Os festejos não duraram mais do que cinco minutos. Os adeptos dos dragões empolgaram-se e fizeram-se ouvir ainda mais, mas provavelmente não esperariam que a resposta do Boavista fosse tão imediata. Aos 28 minutos, Tiago Morais descobriu Bruno Lourenço completamente livre de marcação e as panteras aproveitaram mesmo o 'buraco' na defesa azul e branca para restabelecer a igualdade.
Sem ganhar na I Liga desde setembro do ano passado, o Boavista até esteve perto de dar a volta ao texto, com um remate distante (e potente) de Bozeník a testar as luvas de Diogo Costa, num primeiro tempo que não acabaria sem antes Pepê tentar a sua sorte na baliza contrária.
Dérbi 'ferveu', mas não mexeu
Sem alterações a registar no regresso dos balneários, o Boavista foi a primeira equipa a ameaçar verdadeiramente o golo, numa finalização de Sebastián Pérez, algo que motivou uma reação do FC Porto, com os remates periogosos de João Mário e André Franco.
Sérgio Conceição não quis perder mais tempo e, em cima da hora de jogo, lançou Galeno e o filho Francisco Conceição para render Toni Martínez e André Franco. Logo a seguir, Eustáquio esteve perto de festejar, acabou por sair para dar lugar a Nico González e, imagine-se, seria o médio espanhol (sem jogar há um mês) a ficar a centímetros do golo.
O conjunto de Ricardo Paiva, apesar de ter respondido com quatro alterações num curto espaço de tempo, não voltou a somar aproximações de perigo à baliza de Diogo Costa e, até ao apito final, o FC Porto deu tudo por tudo em busca do golo, já com Iván Jaime e Namaso em campo.
A reta final foi frenética (e de que maneira...) com uma 'chuva' de vermelhos sem igual, a começar pela expulsão de Ibrahima Camara num desentendimento com Wendell, aos 88 minutos, seguindo-se depois dois cartões vermelhos para o banco dos axadrezados. Pelo meio, o FC Porto tentou aproveitar a superioridade numérica nos 11 minutos de compensação com os remates muito perigosos de Francisco Conceição, Namaso, Pepe e Galeno, mas nunca com o alvo desejado.
Dessa forma, o FC Porto - que não escapou aos assobios dos adeptos no final - passa a somar 35 pontos na terceira posição da I Liga, a um do Benfica (que jogará este sábado em Arouca) e a cinco do líder Sporting, sendo que o pódio ficará ao alcance do Sporting de Braga, que se prepara para disputar o dérbi minhoto frente ao Vitória SC. Já o Boavista é nono classificado, com 17 pontos.
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